May 6, 2007

Oceanos, e outras coisas

Gritei, Não venhas parar às minhas mãos, coisa tecnológica, que ficas estragada.
Mas, às vezes, as coisas tecnológicas, mesmo em sonhos, não me ouvem.

Então, fui tirar fotografias a uma mosca e ela, roçando as patas uma contra a outra, disse-me: "Hmmzzz, não achas que...?"
Deixei cair a máquina ao chão e tapei os ouvidos e cantarolei alto: "Lá lá lá, não te oiço!"
A mosca fez um gesto de desprezo e zumbiu dali p'ra fora.

Como se não me bastassem já aqueles montes fúcsia, resmunguei para mim mesma.

Todo aquele pat on the shoulders irrita-me como milhões de dedos espetados nas costas, nos braços, nos ombros, Olha, olha, olha.
Mas o que é que irrita realmente? O que é que irrita a pele? O que é que incomoda? O que é que torna tudo desconfortável?
Mas eu não sei, ainda que pergunte de vez em quando, ao meu cérebro, ao meu corpo...
Não sei, não sabem.
Dormir, talvez. Mas só se for para sempre.
Este ódio ou qualquer coisa assim por coisas que nem existem (pelo menos por agora) nesta realidade.
Também a falta que me fazes, aqui.
Talvez tudo seja esquecido naquele dia marcado a vermelho no meu calendário.

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