Atrás
Gostava de saber onde guardas esses segredos.
As gavetas que não posso abrir.
(Dizem que a vertigem é a atracção pelo abismo; é o saberes que não deves saltar, mas quereres.)
Esses caminhos proibidos, por onde não posso ir; as cartas que não posso ler; os presentes que não posso ver.Enfim, as coisas do passado.
Gostava ainda de saber porque é que sou atraída por certos pormenores fúteis, como um determinado ângulo que nos permite ver uma reentrância de onde vem a luz que inunda o quarto
ou
por um canto da imagem, dossiers finos, cor-de-areia, vermelhos.
O que me atrai nessas vidas alheias, como quando era pequena
e gostava de espreitar pelas janelas entreabertas.
Gostava que fosse só isso. Mas sei que não é.
São coisas que não são (...).
Às vezes irrita-me ter sempre que achar estas palavras-(...) mas não posso dizer: Sim,
é verdade, sou uma criança, ainda por cima (...).
E pronto, já disse.
Aquelas sensações/sentimentos horríveis que demasiadas vezes...
(...)
(E depois, claro e sempre, stress, cansaço, cansaço, stress.)
Não somos pessoas más.
(Talvez passe o lápis azul neste post quando estiver mais lúcida)
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