That is WRONG, Man! - Part One
Começava por baixo e acabava em cima. Não fora o seguinte episódio e ainda os escreveria desta maneira (ou talvez não, quem sabe?)
Pois bem, no colégio onde estudei durante a primária, havia uma professora que tinha ido lá parar em circunstâncias um bocado estranhas (ou assim o achava eu, na altura). Parece que o colégio/escola onde ela dava aulas tinha fechado e ela e a turma dela "migraram" para o meu colégio, formando a 4ªB (eu era da 4ªA). A "senhora" em causa nunca foi minha professora *benzo-me*
Contudo, houve um episódio... Estávamos na hora de "estudo", que era um espaço de tempo depois das aulas em que as pessoas que ficavam no colégio depois do horário normal (à espera dos pais, etc.) faziam os trabalhos de casa ou estudavam. Nesse dia, fui à secretária da dita mulher no fundo da sala confirmar se um qualquer exercício estava certo e caí no erro de escrever um cinco (5) à frente dela. Ela não faz mais nada. Ri-se e diz-me para ir fazer um cinco (5) no quadro, ao mesmo tempo que diz, obviamente falando em particular para os alunos da sua turma que lá estavam, "Olhem como ela faz o cinco!", em tom de gozo.
Obviamente que, nos meus 8 ou 9 anos, me senti bastante mal. Contei à minha mãe o sucedido e ela, obviamente, consolou-me, revoltando-se contra a atitude da mulher e ao mesmo tempo ensinando-me um truque para conseguir escrever os cinco ao contrário que era começar pela linha recta vertical e descer e depois acrescentar a linha horizontal do topo no fim.
E foi assim que me habituei a escrever os cincos (5) de cima para baixo em vez de de baixo para cima.
Claro que, mesmo na altura, eu sabia que não havia nada de errado comigo por desenhar os cincos (5) assim, mas sim com a louca mulher. É que o meu episódio não foi o único. Uma amiga minha que, um dia, lhe mostrou um exercício errado durante essa hora de estudo levou com o caderno na cabeça (a mulher enervou-se e atirou-lhe com o caderno à cabeça). E houve muitos mais, de certeza.
Estas coisas fazem-me valorizar ainda mais os professores que tive durante a minha vida. Não tenho razões de queixa de quase nenhum e, aliás, ainda me lembro da maior parte deles (desde a 1ª classe ao último ano da faculdade) com uma nostalgia e, porque não, um certo carinho.
4 comments:
A minha vida é feita de maus professores, mas eu também sou mau aluno às vezes. E também um mau nostálgico...
Que bom que reconheces os bons professores que tiveste! Eu também tive a sorte de aprender com excelentes professores, por isso fico estupefacta quando ouço as pessoas, de modo geral, queixarem-se do ensino e dos maus professores. Se, de facto, eles são assim tantos, eu fugi completamente às estatísticas!
... E olha que um 5 de baixo para cima é bem mais original! ;)
Eu também tive péssimos professores, sobretudo entre o 5º e o 9º anos. Não foram muitos, felizmente. Recordo sobretudo uma professora de francês, no 7º ano, que devia ter vinte e poucos anos e era completamente espavorida. Criava tal stresse nas aulas, entre os alunos e ela própria, que não me lembro de nada desse ano, nessa disciplina à excepção de um espisódio em que persegue freneticamente três mariolas em redor da sala até conseguirem fugir e mandarem abaixo um ombral da porta. Depois, só os gritos histéricos. O que aprendi: a relativizar a autoridade com "A", que as senhoras com menos de 1,50m são demasiado ariscas e que não serve de nada estudar no ensino básico.
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