Coisas do passado e do futuro (presente)
Quando éramos pequenos,
e tu lançavas o mote,
e eu respondia
(e outras pessoas respondiam).
Quando éramos pequenos, sabias falar e falavas. Reflectias. Imaginavas. Criavas. Dissertavas. Especulavas. Etc.. E agora? Ter-te-ei sugado a imaginação? O espírito criador (tivo)? Fui eu a culpada pelo silêncio das palavras (mortas)? Limpa o pó dos cantos da casa, tu não és uma língua morta. Vamos (re)decorar a nossa casa e ser brilhantes outra vez. Eu também sabia falar e agora fico calada. Tu davas-me a soltura necessária. Ou talvez fosse eu. Mas não importa, com as teias de aranha arrumadas do outro lado da janela (do lado de fora), jorram-se-me as palavras pelos cantos da boca comprimida, e não haverá mais silêncio entre nós.
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