Coisas bem feitas
Hoje o metro era gratuito para os "jovens", ou seja, para as pessoas com entre 12 e 25 anos. Dado que a minha singela idade é 23, estava abrangida e dado que não tenho passe, decidi aproveitar. Então e como é que se processava a coisa: chegávamos à bilheteira, mostrávamos o bilhete de identidade (R-O-G-E-I-R-O, nem a copiar do BI escrevem bem e estou condenada a ser Rogério inúmeras vezes) e, em troca, davam-nos um fantástico e maravilhoso PAPEL VERDE que *não* abre portas de metro. Ou seja, cada vez que precisávamos de entrar OU SAIR tínhamos de abanar o papelucho e gritar "ó se faz favooor!".
Digam lá se não foi uma coisa bem pensada?
...
1 comment:
Estou fartinho da genialidade dos senhores administradores e da clique gestora do Metro de Lisboa.
Ontem mesmo fui vítima do "Viva Viagem" (que nome cínico). Passou-se assim: entrei descansadamente em Alameda 2, carreguei o cartãozinho e fui até ao corredor de acesso. O bilhete não funcionava. O agente de tráfego, sempre atencioso, teve de ligar para a central, onde lhe explicaram que tinha de me mandar sair da estação, ir até Alameda 1 para trocar de bilhete, mediante o comprovativo. Ele próprio acusou a estupidez de tudo aquilo, do senhorzinho do outro lado do telefone que não o deixou simplesmente abrir a porta, para me encurtar o caminho. Fui até Alameda 1, o agente ligou novamente para a central, que voltou a confirmar o carregamento. Pediu-me €0,50 por um novo cartão, porque o outro tinha uma ligeira dobra e devia ser o problema. Recusei e pedi o livro de reclamações, claro. E com isto perdi para aí uma hora. Tamanha eficiência!
Estas alminhas tomam-nos a todos por estúpidos. Ainda me lembro de quando aumentaram o bilhete de metro para 100 escudos, e na altura o argumento foi que até era melhor para os utentes porque assim só tinham de desembolsar de uma moeda, em vez de andarem a contar trocos à pressa.
Agora é este sistema dos bilhetes de contacto ou lá o que é, que servem para gastar menos papel, mas ao mesmo tempo imprimem aqueles comprovativos estúpidos, já a contar que o cartão vá dar problemas. Ainda por cima o cartão tem a validade de um ano a partir da data de aquisição. Porquê? Será que depois azeda?
Resumindo: esta treta dos novos cartões é só mais uma técnicazinha espirituosa que os senhores gestores do Metro arranjaram para extorquir dinheiro aos utentes de um serviço público. E agora soube que a CP também se decidiu introduzir o mesmo sistema.
Claro, são as maravilhas do capitalismo.
Post a Comment