Mar 30, 2007

Às vezes apetece...

...cortar o cordão umbilical.
...dar um erro gramatical propositadamente.
...chorar à frente das pessoas.
...pôr a etiqueta da pessoa que segue à nossa frente para dentro da roupa.
...deixar o corpo cair de um precipício abaixo.
...espetarmo-nos num objecto aguçado pelo caminho.
...dizer coisas estúpidas, mesmo que pareçam mal.
...dizer realmente o que estamos a pensar.
...cantar alto no meio da rua.
...cumprimentar toda a gente com quem nos cruzamos.
...gritar com anormais.
...dar murros.
...fugir.
...dormir durante semanas.
...não dormir nunca.
...dar beijos às crianças que vemos na rua.
...dançar em público.
...corrigir alguém que está ao nosso lado a dizer uma enormidade.
...falar com os formadores estrangeiros de tudo o que não tenha a ver com o trabalho, como Monty Python ou "Alcyone"s.
...dizer que não.
...dizer que sim.
...não responder.
...fazer perguntas íntimas a pessoas que se conhecem numa mesa de casamento.

Finalmente.


Há pessoas que gostam genuinamente de dinheiro.

Mar 29, 2007

VVV

Um grego americanizado disse-nos que esta era uma vida de morte, que era impossível criares laços com o que quer que fosse, que tinha, desde há dois anos, uma nova mulher, uma nova família, um novo sítio para passar férias e fins-de-semana - o trabalho.

Olhei-o nos olhos com aquela indiscrição própria das crianças (do not stare at people!) e vi, sim, o mesmo brilho - ou parecido, talvez não tão Thessaloniki-like - mas a desvanecer-se ao longe.

Será que vale a pena? O dinheiro não traz felicidade, dizem, e estes homens realmente não conseguem criar, cultivar ou manter relações, mas... não me pareceram pessoas infelizes. O mais velho era casado (mas com que idade se casou? conhece a própria mulher? tem filhos?), e pareceu-me tão seguro, tão bem com a vida (ainda melhor do que da última vez que o vi há uns meses), que fico na dúvida. Talvez possas ser feliz vivendo para o trabalho, se realmente fores bom no que fazes.

Ainda que hoje mal tenha tido tempo para depois de sair do trabalho engolir a tosta mista com o ucal antes da aula de espanhol às 20h15, tenho muita sorte em poder conhecer todas estas pessoas.

Eu sei que tenho muita sorte em muitas, muitas coisas e tenho a sensação de que não fiz nem metade do que devia ter feito para merecê-lo... Mas espero conseguir mudar isso (em breve).

P.S.: Gosto da palavra caveat que até hoje não sabia como se pronunciava.

Às vezes escrevo para me distrair, para não cair na tentação de fazer coisas piores.

Há vícios que se cortam de raiz.
Assim mesmo, sem piedade.

E eu ontem comprei umas tesouras novas.

Mar 28, 2007

Para ti

Desulpa a minha falta de imaginação
Não te conseguir animar (tanto).
Se pudesse neste exacto segundo abraçava-te e enxotava os bichos para longe.
Espreitava por baixo da cama antes de te ires deitar e ia aconchegar-te
Ler-te uma história
E ser só amor para ti.

Não quero que sofras.

Desculpa as mil vezes em que testo a tua paciência.

Quero ser só amor para ti

Se um estranho te abordar na rua

Puxaste-me os cabelos no cruzamento da Rua Nova de São Mamede com a Rua do Salitre. Eu disse-te, Não, espera um bocado, mas tu sussurraste-me, Estás cansada...

Então deixei cair o meu coração no passeio e tive que me voltar e baixar para apanhá-lo. A rapariga que ia atrás de mim tirou os headphones dos ouvidos e avisou:

- Cuidado, verifique se é o seu.

Virei o coração às avessas, mas no verso não havia etiqueta com o meu nome.

.

Tive um sonho (finjamos que foi há muito tempo) como uma premonição. E era verdade. Ele dizia, Olha que estão a fazer pouco de ti, e eu abanava a cabeça orgulhosa.

- Descola, descola!

Gritou-me uma rapariga de franja demasiado curta e só então percebi que estava agarrada à perna dela e não podia/devia porque as portadas das janelas do meu quarto estavam a bater com o vento (alguém tinha que fechá-las).
Bati com as mãos uma na outra, a limpá-las desse pó pegajoso de um certo egocentrismo-insegurança-infantilidade.

Um certo sentimentalismo com cheiro a mofo, e uma altivez (talvez) nos ditames de menina-dona-do-seu-nariz. Pensei que sim, que não e que não, não era para mim.
Ainda uma certa vitimização, auto-condescendência, que dão arrepios na espinha e eu pensei não, sim, não era para mim.

Mas como numa dança concertada,
essa ponte
esse doce
que se juntam em conspirações alegres
contra uma imagem
de alguma coisa
que talvez não exista sequer...

Eu queria ser livre.

.

Ao subir a rua inclinada, o guizo soava como quem diz: FOGE!
Mas eu, na corda bamba das convenções, um pé depois o outro, não soube o que fazer.
E o guizo,

FOGE!

mas eu, no chá das cinco das sete das oito, sem saber que dedo mindinho espetar (o meu, o dela), ouvi o som ao longe, mas não dei pelo formigueiro em todo o corpo.

Se um cão me atacar e ficar com raiva,
se aquele carro me atropelar,
se aquele pedaço gigante de cimento cair em cima da minha cabeça,
se os risos das pessoas me matarem
vou para o céu (com minúscula).

Uma confiança quase inconsciente-automática em

...mas...

Era como se estivesse a olhar para as ruas, para os prédios, e mesmo para os guardas como se fosse a primeira vez.
Sacudi com uma mão impaciente o rio que olhava para mim através de uma certa névoa, porque não me estava a ajudar
hoje
a ganhar forças para chegar a casa.

Quando chegar, isto, isto e aquilo.

Antes ela dizia: Ai, que caio, quem me acode?
E agora: Anda cá, menina.
E depois: Eu pego as criancinhas p'ra fazer mingau.

Eu: Não sou uma criança!
Ela: Ah ah ah!
E outra: Eh eh eh!
E outra (?): Ih ih ih!
E eu chorei e chorei e ri e chorei e ri

Então, sentada à direita dele...
Mas esperavas alguma espécie de simpatia?
E eu,
enrolei as sílabas na língua,
Sim
PA
ti
aaaa
Sim... sim...
papapapa
Sim-pa
ti . ti . ti . tititititi
a! a! a?

Simpatia - substantivo feminino (feminino! ah ah)
(...)
4. amabilidade; afabilidade
(...)

Mas é difícil deixar crescer uma barreira de sorrisos como quem deixa crescer a barba.
Mas tu, teimosa, sorrisos.
Mas sorrisos não compram
Nem (hein?) elogios compram
Nem nada.

E se um dia te insultarem, cospe-lhes na cara e grita impropérios (ou não)
Se um dia se atirarem para cima de ti com uma faca nos dentes, dá muitos pontapés no ar e acorda.
Se um dia estiveres a saltar de um prédio em chamas respira fundo e conta até dez.

Há um nó na garganta e nem é por isto ou por aquilo, mas simplesmente porque.
Não quero mais dizer que sim e sorrir docemente com a cabeça inclinada para um dos lados,
quero odiar brevemente e depois esquecer.
E afastar com mãos tranquilas tudo o resto.

Mar 26, 2007

Bored.

Mar 25, 2007

Histórias de Ócio II

Durante anos vestiu as calças velhas do irmão mais velho e sujou a cara de terra e correu a brincar com os rapazes. Atava o cabelo num rolo, assobiava com as mãos nos bolsos e era a mais certeira com a fisga.

Até certo dia, em que um dos rapazes do grupo lhe pegou na mão suja e lhe depositou uma rã viscosa dizendo, É para ti. Olhou-o nos olhos e o que viu encheu-a de espanto, mas de medo também, e, por isso, voltou costas e desatou a correr, só parando em casa. Depois de recuperar o fôlego, deixou a rã saltar-lhe das mãos para as terras enlameadas ao pé do lago que via da janela do seu quartoe entrou em casa para se olhar, pela primeira vez, ao espelho.

A partir daí, tudo mudou.

Primeiro, pegou num ramo muito fino caído no chão e com a lama com que antes sujava indiscriminadamente a cara, pintou riscos à volta dos olhos e dos lábios, e subiu a um banco pequeno para ver o resultado no espelho alto da casa-de-banho.

Histórias de Ócio

Desde o seu último aniversário que sentia que a cabeça lhe pregava partidas de criança.
Na penumbra de um quarto quase vazio, apareceu-lhe, certo dia, como numa visão, Lola, com os seus totós infantis caídos simetricamente nos ombros pequenos.

- A tua tia está grávida.

Mas a silhueta feliz, barriguda e familiar, que então apareceu, não era do seu sangue.

- Não é minha tia.

Desde então, as suas noites foram povoadas de sonhos de bebés no ventre de mães incógnitas, barrigas sem corpo, e um sem-número de objectos esféricos do dia-a-dia. Um dia sonhou com uma laranja do tamanho de uma montanha; de outra vez sonhou com um bicho-de-conta que, ao desenrolar-se, explodiu; uma das vezes, chegou a sonhar com um ovo redondo, que se partia para deixar sair um pássaro quadrado, que abria a boca para deixar escapar um elefante minúsculo, sem joelhos.

Um mês depois de ter tido o primeiro dos sonhos "esfeéricos", como gostava de os chamar, encontrou um rapaz muito alto num comboio que talvez tenha existido apenas na sua imaginação. Ele pediu-lhe, sem abrir os lábios, que lhe cantasse uma ária antiga, que lhe soou vagamente a Orfeo e Euridice, mas que não sabia precisar. Ela encostou a cabeça do rapaz contra o seu peito maternal e enrolou-lhe os caracóis castanhos em notas longínquas de um passado feliz. E o rapaz disse, sem nunca abrir os lábios, Sou feliz aqui, não trocava o teu colo pelas minhas brincadeiras de criança.
Depois desse encontro não voltou a ter sonhos "esfeéricos" e infundiu-se-lhe no espírito uma paz ancestral que ela conseguia percorrer quase até ao primeiro de todos os homens.

Passado um ano, voltaram os sonhos recorrentes, mas desta vez de terror. Num deles, matou a tiro um homem com cara de Rottweiler, e sentiu as mãos encherem-se de sangue escuro e reparou que o sangue não era da vítima, mas que era ela que o vomitava e chorou lágrimas de raiva e frustração e arrependimento mesmo antes da cabeça de Rottweiler se tornar na cabeça de um bisavô que nunca chegou a conhecer.

Começaram então as febres altas, os delírios que a levavam a sair em cinta pelas ruas da cidade antiga e a regar as ervas daninhas que teimavam em crescer nas brechas dos passeios. Um dia atirou-se da janela do primeiro andar e partiu uma perna.
Durante a convalescença, chegou ao bairro um médico de meia-idade, sóbrio e barbudo, que se prontificou a ajudar quando soube do raro caso da jovem.
Em duas semanas curou-lhe as febres delirantes e outras febres também, pois afinal de contas o mal da menina era de amor, como já dizia a vizinha ao fim da rua, do alto dos seus 80 anos, que frequentava a casa das Magias das Áfricas, na Camilo Castelo Branco, anunciada na rádio por mulheres e homens de origem duvidosa. "O Mundo está perdido!", ouviam-na gritar, por vezes, em momentos de lucidez, quando se recusava a acreditar que ela própria alguma vez pudesse ter participado em sessões de espiritismo e outros ismos afins. Mas era num transe que seguia o caminho habitual de casa até aquele andar luminoso, no prédio ao lado dos bombeiros, que anunciava o fim de todos os males, e a felicidade eterna.

Mar 22, 2007

Happy, happy... Ah ah ah ah*

Hoje foi um dia de encontros.
Colegas de universidade, antiga professora de espanhol (lembrava-se do meu nome...!), de 4ª classe, ou simplesmente conhecidos...

E pude falar da minha paixão pelos Monty Python dois dias seguidos!

Esta foi uma boa semana. E vai acabar ainda melhor.

*referência a uma cena do Zoolander. Não que tenha alguma coisa a ver com o post.

Sempre disse que tive uma infância feliz.
Mas hoje, ao ver a minha Professora da 4ª classe à minha (nossa) espera de surpresa,
senti-o em todos os meus órgãos vitais.

Mar 21, 2007

Eu tenho um Diário de Sonhos, mas às vezes esqueço-me de escrever nele.

(...) Quando me tocas como se eu fosse alguma coisa preciosa
Como se tivesse algum valor (...)

Tact.

- Posso tirar uma fotografia à mancha azul que tens no meio do lábio inferior por estares praticamente a morrer de frio?
- ...

Mar 19, 2007

Things parents are good for


Encadeia, meu encadeado
Não me aperta a mão que me estala o braço
Encadeia, meu encadeado
Não me aperta a mão que me estala o braço

Encadeia, dá-me um beijinho
Encadeia, dá-me um abraço

Encadeia, meu encadeado
Não me aperta a mão que me estala o braço
Encadeia, meu encadeado
Não me aperta a mão que me estala o braço

...


Querem que ensine a coreografia? :P

(nota: há memória de ter havido, de facto, um braço "estalado" no encadeia...)

Mar 18, 2007

Interlúdio

Hoje vi meninos muito, muito pequeninos a tocar violino como gente grande.
Uma das professoras estava grávida. Tenho a certeza que, com a exposição constante a esta música, o menino (menina?) vai nascer e crescer e tornar-se uma pessoa forte e determinada.

---

As pessoas ouvem o que querem ouvir. E, sobretudo, de quem querem ouvir.
Não te podes sentir magoada (?) por não te terem dado ouvidos quando tu eras (és?) o inimigo e por agora darem ouvidos a outra pessoa, que diz exactamente o mesmo, meses depois de tu teres falado.
Essa susceptibilidade infantil tem que ir. Pela janela fora.

---

Por outro lado...

Eu queria que o Amor estivesse realmente no coração,
e também a Bondade,
e a Sinceridade,
e tudo, e tudo o mais, tudo estivesse realmente no coração.
Então poderia dizer-vos:
"Meus amados irmãos,
falo-vos do coração",
ou então:
"com o coração nas mãos".

Mas o meu coração é como o dos compêndios
Tem duas válvulas (a tricúspide e a mitral)
e os seus compartimentos (duas aurículas e dois ventrículos).
O sangue a circular contrai-os e distende-os
segundo a obrigação das leis dos movimentos.

Por vezes acontece
ver-se um homem, sem querer, com os lábios apertados,
e uma lâmina baça e agreste, que endurece a luz dos olhos em bisel cortados.
Parece então que o coração estremece.
Mas não.
Sabe-se, e muito bem, com fundamento prático,
que esse vento que sopra e que ateia os incêndios,
é coisa do simpático.
Vem tudo nos compêndios.

Então, meninos!
Vamos à lição!
Em quantas partes se divide o coração?

Poema do Coração, António Gedeão

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O sítio que desejas (por capricho de criança mimada), it's a lonely place to be.

Viver é isso e basta.

Mar 17, 2007

Livros: recomendam-se

post editado

Com tempo e paciência vou actualizando esta lista. Entretanto, se se lembrarem de algum livro que tenham gostado e que ainda não esteja aqui, comentem.
Até já e boas leituras.

1. The Lord of the Rings: Fellowship of the Ring (J.R.R. Tolkien)
2. The Lord of the Rings: The Return of the King
3. The Lord of the Rings: Two Towers (J.R.R. Tolkien)
4. The Hobbit (J.R.R. Tolkien)
5. Little Women (Louisa May Alcott)
6. Life of Pi (Yann Martel)
7. 1984 (George Orwell)
8. Le Petit Prince (Antoine de Saint-Exupery)
9. El Amor En Tiempos De Cólera (Gabriel Garcia Marquez)
10. The Three Stigmata of Palmer Eldricth (Philip K. Dick)
11. The Man Who Japed (Philip K. Dick)
12. Ubik, (Philip K. Dick)
13. Flow My Tears, The Policeman Said (Philip K. Dick)
14. The Transmigration Of Timothy Archer (Philip K. Dick)
15. Simulacra, (Philip K. Dick)
16. The Patriot (Pearl S. Buck)
17. The Hidden Flower (Pearl S. Buck)
18. The Three Daughters Of Madame Liang (Pearl S. Buck)
19. The Picture Of Dorian Gray (Oscar Wilde)



Family Ties

- O que é que estás a fazer?
- Bem... Uma coisa que nos vai fazer ricos...

Through The Looking Glass


And What Alice Found There.

Mar 16, 2007

Mima-te.



Pormenores





Mar 14, 2007

:/ Grrr! Ugh!

Coisas que me põem triste/me revoltam/me repugnam:

Plágio descarado: Este blog não contém uma única ideia original- é uma sucessão de cópias descaradas de textos deste outro blog (muito bom).

Há coisas que não se percebem.

Substantivos Abstractos

Ando nas pontas dos pés para não ferir os teus calos
Sensíveis.
E as tuas mãos pequenas já não chegam
.Leio para lá das linhas
Sensíveis
Do teu pensamento; uma espécie de terminais nervosos
Sensíveis
Ao batimento do teu coração.
Não penses duas vezes porque é verdade que a
Sensibilidade
Está na ponta dos dedos.

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Os teus gestos de menina
Arrogante
São mais que snobismo e distância.
Tu queres beber essa chávena de chá
Arrogante
Mas não sabes dizer o sabor.
Ele sabe.
Sobrevoo esse mar negro da tua
Arrogância
Não quero tornar-me em alguém como tu.
E todos sabemos que a
Arrogância
É contagiosa.

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As tuas mãos cansadas estão
Frias
E não podes aquecê-las entre as pernas.
Num dia de Inverno, chuvoso e
Frio,
Procuraste dentro de ti qualquer coisa diferente
Mas dentro de ti apenas
Frieza
E os raios de Sol derretem-se contra a tua
Frieza
Mas é a tua
Frieza
Que te faz viver.

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Os gritos estridentes dos teus argumentos
Ciumentos
Desfazem-se no ar gelado/barreira de aço
Não vale a pena mostrares essa cara
Ciumenta
Porque não (co)moves corações assim
Se deitasses ácido na pele de mulher
Ciumenta
Farias melhor.
Porque todos sabem que o
Ciúme
É mais corrosivo que o mais forte dos ácidos.

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Palavras-punhais que atiras de olhos fechados
Intransigentes
Não acertam por milímetros na carne do Homem
Não brinques com palavras, pseudo-argumentos
Intransigentes
É melhor seres livre e relaxares os músculos dos filtros morais
Bem sabes que a
Intransigência
Cega, mata.

Mar 7, 2007

Post que passou por vários moods

Quando era pequenina e o mundo
Se desfolhava em gestos lentos perante os meus olhos pasmados
Eu era
Qualquer coisa verdadeira
E única.

Hoje,
Desfolho-me eu em gestos tristes
E o mundo já não se dá
(E não podes roubar o que não se dá)
E já não sou qualquer coisa
natural
(e não podes forçar a naturalidade)
E respirar custa aos pulmões cansados.

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Quando acordar, quero que seja sempre Primavera e
7 dias por ano de Inverno rigoroso, com direito a casa aquecida
lareira
chocolate quente
e alguns dias de Verão
com MAR

Quero ver
crianças felizes
pessoas felizes
coisas bonitas no meu caminho

Quero fazer
coisas grandes
úteis
bonitas

Quero ajudar

Quero dar

Quero tornar o mundo um sítio agradável
para ti
e para todos
(mas sobretudo para ti)

Isto:


É diferente disto:


É estranho como muitas vezes não conhecemos aquilo que conhecemos tão bem.





Mar 4, 2007

Weird Princesses II


Weird Princesses I