Mar 14, 2007

Substantivos Abstractos

Ando nas pontas dos pés para não ferir os teus calos
Sensíveis.
E as tuas mãos pequenas já não chegam
.Leio para lá das linhas
Sensíveis
Do teu pensamento; uma espécie de terminais nervosos
Sensíveis
Ao batimento do teu coração.
Não penses duas vezes porque é verdade que a
Sensibilidade
Está na ponta dos dedos.

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Os teus gestos de menina
Arrogante
São mais que snobismo e distância.
Tu queres beber essa chávena de chá
Arrogante
Mas não sabes dizer o sabor.
Ele sabe.
Sobrevoo esse mar negro da tua
Arrogância
Não quero tornar-me em alguém como tu.
E todos sabemos que a
Arrogância
É contagiosa.

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As tuas mãos cansadas estão
Frias
E não podes aquecê-las entre as pernas.
Num dia de Inverno, chuvoso e
Frio,
Procuraste dentro de ti qualquer coisa diferente
Mas dentro de ti apenas
Frieza
E os raios de Sol derretem-se contra a tua
Frieza
Mas é a tua
Frieza
Que te faz viver.

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Os gritos estridentes dos teus argumentos
Ciumentos
Desfazem-se no ar gelado/barreira de aço
Não vale a pena mostrares essa cara
Ciumenta
Porque não (co)moves corações assim
Se deitasses ácido na pele de mulher
Ciumenta
Farias melhor.
Porque todos sabem que o
Ciúme
É mais corrosivo que o mais forte dos ácidos.

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Palavras-punhais que atiras de olhos fechados
Intransigentes
Não acertam por milímetros na carne do Homem
Não brinques com palavras, pseudo-argumentos
Intransigentes
É melhor seres livre e relaxares os músculos dos filtros morais
Bem sabes que a
Intransigência
Cega, mata.

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