verão
Ô-ôláá...?
Como uma pedra num charco.
E que me importa a mim que ele não venha, não vem, era tudo uma brincadeira. Sim, sim, ele está ali. Meio escondido na sombra, a rir-se de mim.
Álvaro! (irritada)
Pensei que desta vez pudesses dizer-me. Contar tudo desde o princípio. Como foi esse nascimento glorioso. Com pompa e circunstância, claro. Já sei que...
Mas se calhar estou enganada. Posso assumir que percebo: o porquê das coisas, os sentimentos por trás dos...? Eu não sou ela, "a". Quem pode encher-se de tamanha presunção e dizer: tu és isto, foste aquilo, assim e assim.
E, ainda assim, gostava de poder sentir como há uns anos. Há uns anos, sim, eras tu, aquele tu em mim, enfim, o normal.
E eu nem me chamo Carol, apesar de ter nascido nos States, não sou gorda nem falo francês com sotaque americano nem tenho um sorriso simpático e pachorrento para oferecer a estrangeiros presumidos que me olham como se fosse... Nada disso. Mas sim, no banco do jardim, chamei-me Carol, ali, em Paris, e em Dublin, e em Londres. E sim, foi a personagem americana básica que soube exprimir o inexprimível.
(divago sempre)
Ah, e claro, estou de volta!
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