Hammelin
(Quando tudo conspira para que sim, talvez, talvez. Sete dias não se estragam com um. E, contudo...)
A vida constrói-se aos pedacinhos como legos amarelos em cima de legos vermelhos e verdes e azuis.
De repente, qualquer coisa que nos acalma.
Someday, I'm gonna be a great something.
São murmúrios como sons de mar ao longe que nos apressam a passada. Viramo-nos para trás, mas não há nada. E, à frente, só nevoeiro.
De repente, essa presença acalmante.
Os corredores de todos os edifícios de todo o mundo são só um, o que percorremos.
E, quando nos demos as mãos, demos um ao outro todas as mãos de todas as pessoas que já conhecemos.
Mas tudo isto traz sangue à cabeça e não, não quero.
De repente, essa calma que não sabemos nomear e que é, afinal, o Sol.
É o sermos todos toda a gente e andarmos sozinhos entre as partes de nós. Em ruas desertas de silêncio, sem folhas caídas para pisar. O sermos o mundo e o mundo ser-nos como que de dentro para fora, e explodir com todos os órgãos cá dentro e espalhá-los pela vida inteira.
Mas olhamos para trás. Nada.
E, em frente, o som qualquer de qualquer coisa. Uma flauta, talvez, e eu criança,
Vem cá,
e eu
fui.
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